Rio de Janeiro: não é operação, é CHACINA!
- Comunicação RS
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Por Rafael Pereira, da direção da Revolução Socialista.
Hoje, 28 de outubro, o Dia da Servidora e Servidor Público ficou vergonhosamente marcado por uma chacina, a maior registrada até então na história do Rio de Janeiro. A execução sistematicamente operada pelo braço armado do Estado burguês, sob comando do governador Cláudio Castro (PL), contou com a força da polícia militar e civil em um banho de sangue no morro, tirando as vidas de pelo menos 64 pessoas.
A truculência letal, que massacra diariamente nas favelas e periferias de todo o país, mostra novamente sua pior face nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense, com a justificativa repetida à exaustão do “combate ao narcotráfico”.

As “Mega Operações” e a “Guerra às Drogas” são comprovadamente os instrumentos mais eficientes para avançar o projeto genocida do racismo estrutural, que mata a população negra, empobrecida e favelizada sem qualquer espaço para justiça, pois no capitalismo, nos becos e vielas, não há justiça para a classe trabalhadora!
Este tipo de massacre nas comunidades já se mostrou absolutamente inútil no enfrentamento às chamadas facções criminosas, não passando de uma demonstração de poder da polícia que mais mata no mundo, porque é sabido que as milícias que financiam e compram suas drogas para consumir nos condomínios de luxo e gabinetes, tem membros integrando as polícias, a justiça, os parlamentos e os grandes centros do mercado financeiro. Pela desmilitarização das polícias e exércitos!
Além das mortes das 64 vítimas, possivelmente subnotificadas e ainda não identificadas nos supostos confrontos, o ataque segue com mais de 80 presos. Sem qualquer comprovação de que sejam de fato criminosos, como está sendo amplamente noticiado e reforçado pela mídia hegemônica, este discurso moralista tem na fé pública dos policiais, no sistema militar blindado da sociedade e na ausência do emprego de tecnologias como câmeras corporais, o argumento perfeito para agir impunemente tal qual o exército do estado genocida de Israel em suas masmorras e colônias no território palestino. Mesmo que “culpados” fossem, não está legalizada no país a punição capital ou pena de morte. Basta de massacres e encarceramentos em massa!
De olho na corrida eleitoral, Cláudio Castro aposta na violência armada e no pânico moral, retroalimentado pelos noticiários policiais, com um legado tenebroso de quatro das seis maiores chacinas da história do Rio de Janeiro. Hoje o estado é o terceiro em que a polícia mais mata em numeros absolutos no país, atrás apenas da Bahia, governada por Jerônimo Rodrigues (PT), e de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Devemos denunciar as chacinas e exigir a desmilitarização da Polícias, Corpos de Bombeiros e Forças Armadas: pela construção de uma força nacional à serviço da classe trabalhadora e do povo empobrecido, com comandos eleitos democraticamente e revogáveis.
O pleno poder estatal sob controle da classe trabalhadora só pode ser conseguido mediante a desintegração do poder armado do Estado capitalista, seu aparato militar e sua substituição por um governo dos conselhos operários e a milícia operária.









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Tenho pleno acordo, Rafael Pereira. Seu texto fala pela população negra, periférica e principalmente jovem, cujo extermínio é o objetivo do capitalismo e do racismo institucional, que orienta as polícias, seja no Alemão (RJ) ou em Parisópolis (SP). É uma guerra na qual o número de assassinados oficialmente divulgado, provavelmente subnotificado, se assemelha aos das guerras em curso na faixa de Gaza e na Ucrânia. Lutemos pelo fim do aparato militar do Estado!
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