Por Alex Fernandes e Verónica O’Kelly
O bolsonarista Tarcísio de Freitas não faz questão de esconder seu compromisso com o setor privado. Na noite da quarta-feira, 6 de dezembro, trouxe uma forte repressão na Alesp e levou presos 4 militantes que se mobilizaram contra a privatização. O governo conseguiu 62 votos para passar a privatização da empresa estatal de água e saneamento de SP. Além de reprimir, o governo precisou comprar votos dos deputados que estão aí para defender os interesses de empresários e banqueiros, contra o povo trabalhador.
A luta contra as privatizações é constante em São Paulo e no país, os governos de plantão de alguns municípios, estados e o federal seguem terceirizando, fazendo concessões através das Parcerias Públicas e Privadas (PPPs) ou diretamente privatizando, ou como dizem agora, “desestatizando”, uma destruição completa dos serviços públicos estatais.
Além de privatizar a SABESP, tem edital lançado para a entrega da Linha 7 da CPTM, anunciou que privatizará as linhas estatais do Metrô até o final do seu mandato, pretende privatizar a Fundação Casa e quer criar uma Parceria Público-Privada (PPP) para a construção e gestão de 33 novas escolas da rede estadual de ensino. Além de fazer um corte de 10 bilhões de reais das verbas da educação.
Unidade e mobilização para derrotar as privatizações de Tarcísio!
Existe um movimento crescente dos trabalhadores que resistem aos ataques em defesa de um serviço público estatal de qualidade à população, com contratação de mais servidores por meio de concursos e na defesa de empregos.
E esse movimento vem se materializando desde o início do ano quando o governador anunciou seu modo privatista de governar.
Dia 03/10 houve uma greve unificada entre metroviários, ferroviários e sabespianos expondo esse projeto privatista de Tarcísio de Freitas através de um amplo debate com a população, com a realização do Plebiscito Popular, que revelou um resultado categórico onde 97% dos consultados contra as privatizações, dentre os quase 900 mil votantes.
Isso fez com que o governo iniciasse um processo de retaliação e perseguição aplicando punições e demissões na CPTM e Metrô, nitidamente para intimidar a continuidade do movimento.
O governador seguiu com suas intenções de entregar para os empresários a Sabesp enviando um PL (Projeto de Lei) à ALESP para autorizar a privatização. Com isso, novamente houve uma unificação dos trabalhadores, ampliando para além das categorias envolvidas na greve do dia 3/10, os professores estaduais e municipais, a Fundação Casa e outras categorias do serviço privado, fazendo uma greve maior dia 28/11 e uma manifestação em frente a ALESP, que inclusive impediu a votação do Projeto de Lei nesse dia. Essa importante greve demonstrou a vontade de luta das bases das categorias e coloca a responsabilidade nas direções sindicais em fortalecer, unificar e estender a luta contra as privatizações e o governo.
Fortalecer e fazer crescer a nossa luta. As centrais sindicais devem convocar uma Greve Geral contra as privatizações
Mesmo com duas greves realizadas de 24h (3/10 e 28/11), a base parlamentar do governo colocou o PL da privatização da Sabesp para votação, e depois da compra de votos através das emendas parlamentares.
Se não bastasse, houve uma forte repressão e prisão de manifestantes que protestavam na ALESP contra a privatização da Sabesp.
É preciso anular essa votação com a força unificada das trabalhadoras e dos trabalhadores, construindo uma greve geral, para conseguir impor uma derrota ao governador. E para isso é necessário que as grandes Centrais Sindicais como a CUT, Força Sindical, CTB etc., mobilizem e organizem suas entidades filiadas para um grande enfrentamento.
Liberdade imediata para os presos por lutar!
Reintegração dos metroviários demitidos!
Abaixo a privatização da Sabesp e todos os processos de privatização em curso e futuros.
Unidade para enfrentar o governo e seu projeto.
Greve Geral para derrotar Tarcísio!
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