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Posicionamento e Apoio da RS à Casa Estudantil Indígena

Por Revolução Socialista Paraná

Em apoio a Casa Estudantil Indígena, compartilhamos nossos posicionamentos e debates sobre a luta da Ocupação Maloca na UFPR, em defesa da moradia estudantil indígena e do reconhecimento, sobretudo na Universidade Pública, por educação, acesso e permanência que promovam culturas, saberes, tradições e as lutas dos povos que primeiro pisaram nesta terra.

Neste maio, a Ocupação Maloca completa um ano do levante de estudantes indígenas e apoiadores, que por mais de 2 meses ocuparam o prédio sem funcionamento do Diretório Central dos Estudantes da UFPR, no Centro de Curitiba. Nós da RS, em conjunto com outras organizações, participamos da ocupação histórica que com intensa resistência, lutas e negociações, conquistou o imóvel cedido pela UFPR para a construção da Casa Estudantil Indígena, visando acolher estudantes de diversos povos que acessam uma educação superior repleta de contradições, como a falta moradia para amparar seus contextos e desafios. Seguimos confiantes de que a luta indígena é extremamente importante para a transformação da Universidade Pública em um lugar de acesso, permanência e promoção dos saberes originários brasileiros.

Sob o contexto da profunda luta de classes da Educação do ano passado, a força política do movimento indígena também enfrentou a privatização das escolas públicas do Estado e dividiu as trincheiras na Greve das Federais, onde levantamos nosso posicionamento em relação às Reitorias das Universidades Públicas: nenhuma confiança! As denúncias de descaso e omissão na entrega da reforma do imóvel para a Maloca demonstram mais uma vez o caráter antipopular e antagônico do Estado Brasileiro e seu aparato institucional burguês para com os movimentos sociais em luta por uma universidade que atenda os interesses da classe trabalhadora e seus povos. Vigilantes, exigimos que o Reitor e a Vice-Reitora tomem as ações necessárias para o cumprimento do prazo acordado para a entrega da Casa Estudantil Indígena, prevista para o dia 07/07/2025, enquanto seguiremos mobilizados pela efetivação desta conquista histórica dos povos indígenas no Paraná. 

Sobre a ocupação e o recente anúncio de desocupação do imóvel pelo Movimento Olga Benário, declaramos nossa profunda discordância com os métodos adotados, atitudes que não refletem a construção unitária e com evidentes erros que comprometem a luta árdua das organizações das quais possui interlocução. A Revolução Socialista também prestou apoio e participou da primeira Ocupação Rose Nunes em Curitiba, na mesma conjuntura do ano passado e reforça a necessidade de que as direções atendam as reivindicações da Ocupação Maloca imediatamente e realizem um balanço profundo sobre as deliberações de ocupar um imóvel conquistado. É preciso construir unidades e diálogos para lutar pela vida das mulheres, para evitar cometer erros graves e superar os vícios de nossas organizações que tanto custam para as lutas da classe trabalhadora, nos organizando contra as mazelas e opressões que a crise estrutural do capitalismo produz atualmente.

Por último, sendo a RS uma das forças que constroem em conjunto o DCE na UFPR, queremos dividir nosso debate sobre a formação de frentes unitárias para a atuação e a disputa da consciência no movimento estudantil, especialmente dentro de ferramentas históricas de luta como os Diretórios Centrais dos Estudantes. O Movimento Correnteza e o Juntos não são os únicos na composição do DCE. Assim como nós, as demais forças, Centros Acadêmicos e estudantes independentes que participam desta entidade estão politicamente ativos, construindo unidade e elaborando políticas com os estudantes, desde a base e com a coragem necessária para enfrentar os inimigos da educação pública. Reafirmamos nossa independência política, o desejo e esforço investidos para que o DCE construa e dirija as lutas por uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade, com orçamento público e democracia universitária, para atender a comunidade e ser um espaço em que os movimentos sociais, indígena e estudantil unifiquem suas lutas na superação da crise capitalista e de nossos desafios atuais.

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