Por Juventude da Revolução Socialista
Na manhã desta sexta-feira (24), por volta das 5h, servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao lado de estudantes, realizaram um “trancaço” no prédio do Instituto Metrópole Digital (IMD) da instituição. Com cadeados, os manifestantes fecharam as entradas que dão acesso ao local em protesto contra a posição do governo federal de insistir em um reajuste salarial zero para 2024. Com a ação, demonstram que há, sim, disposição para continuar lutando por reestruturação de carreira, revogação das medidas reacionárias dos governo Temer e Bolsonaro e recomposição orçamentária das instituições de ensino.
A juventude da Revolução Socialista se prontificou, desde já, a participar desta atividade. Com sua posição intransigente, o governo federal ainda quer encerrar unilateralmente as negociações. Em e-mail encaminhado na última terça-feira (21) às entidades que compõem a Mesa Específica e Temporária, o governo reafirmou que apresentou a sua proposta final durante reunião do dia 15 e que o próximo encontro agendado para 27 de maio tem como objetivo a assinatura do Termo de Acordo, sem margem para o recebimento de novas contrapropostas. Mas quem decide se as negociações acabaram e se a greve chegará ao fim é a classe ou o patrão?
Na UFRN, o cenário de luta em favor dos direitos trabalhistas é ainda mais latente. A universidade é uma das instituições em que o sindicato dos professores, ADURN-Sindicato, é filiado ao PROIFES-Federação, entidade governista criada para dividir o movimento federal docente e que tem se colocado prontamente em defesa do fim da greve e da aceitação de um acordo que não contempla a imensa maioria da categoria.
Nesta quinta (23), a direção do ADURN-Sindicato sofreu mais um duro golpe: em plebiscito realizado nos dias 22 e 23 de maio, os professores rejeitaram por 969 votos a 828 a proposta de reajuste salarial e reestruturação de carreira encaminhada pelo governo e decidiram seguir em greve por tempo indeterminado.
A radicalização assumida pelo Sintest — sindicato dos técnicos — mostra que há espaço para unificar a luta entre trabalhadores e estudantes. Não basta só reajuste salarial. É preciso uma recomposição orçamentária que dê capacidade de investimento e permanência estudantil em todas as universidades e institutos federais. Todo apoio aos servidores técnico-administrativos da UFRN. Governo Lula-Alckmin, queremos ver o compromisso com a educação acontecer!
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