Com indignação, a Revolução Socialista, corrente interna do PSOL e seção brasileira da Liga Internacional Socialista (LIS), recebe a informação de que o PSTU foi vetado de participar da abertura do 8º Congresso Nacional do PSOL, a ser realizado entre os dias 29 de setembro a 1º de outubro.
É praxe em eventos deste tipo que partidos aliados da classe trabalhadora sejam convidados a fazer uma saudação, a despeito de eventuais diferenças na leitura de tática e estratégia.
Este ano, a direção majoritária do PSOL, rompe com esta tradição e, mais ainda, exclui um partido do campo da esquerda revolucionária. Por outro lado, mantém as portas abertas e saudações confirmadas para siglas como PT, PCdoB, Rede e PDT, que compõem o governo burguês e governam ao lado da direita e do Centrão.
É fato que as diferenças entre PSOL e PSTU se aprofundaram nos últimos anos, fruto de uma prática por parte da maioria da direção do PSOL que se limita unicamente a administrar o Estado burguês e, por outro lado, da equivocada politica autoproclamatoria e sectária do PSTU que obstaculiza a unidade da esquerda no Brasil. Ainda assim, nenhuma de nossas diferenças atravessam princípios do classismo socialista. Os companheiros e as companheiras do PSTU são nossos aliados contra os patrões e governos, o terreno onde confrontamos os partidos que a direção majoritária hoje convida para saudação na abertura do 8º Congresso Nacional.
O veto à saudação do PSTU vem reafirmar a trágica linha adotada nos últimos anos pela direção majoritária do PSOL, que vê partidos classistas e socialistas como não-aliados enquanto estende o arco de alianças para legendas reformistas e burguesas, priorizando-as em detrimento dos partidos do campo da esquerda radical.
A Revolução Socialista, como parte do Diretório Nacional do PSOL, repudia esta atitude e exige que a ação seja revista pela maioria da direção do nosso partido.
