O modelo manicomial, que dopa, prende e exclui do convívio social as pessoas que não atendem a um padrão de “normalidade”, não pode ser uma prática permitida pela sociedade nos dias de hoje, com uma nova roupagem que são as comunidades terapêuticas.
Os corpos que são diretamente afetados por essas prisões são os mesmos ao longo da história, que com recortes de gênero, raça e classe perpetuaram violências e opressões contra as pessoas mais vulneráveis.
Essas violências são agravadas pelo capitalismo, um sistema dominado por ricos e poderosos, que decidem quem deve ser trancado, transformando todas as lutas em mercadoria, com tratamentos para “solucionar” problemas que são causados por eles mesmos.
Este é um debate já superado pelas ciências humanas e profissionais da saúde realmente comprometidos com o fim da exploração da humanidade pela humanidade. Por isso, necessitamos urgentemente que as políticas públicas e institucionais sejam baseadas em uma outra lógica: antiproibicionista, cuidadora, laica e socialista.
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