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Basta de perseguição política contra a vereadora Professora Silvia Letícia

Nota pública da corrente Revolução Socialista/RS-PSOL sobre as ameaças e mentiras da resolução da Executiva Estadual do PSOL-PA


Na véspera do Dia das Mães fomos surpreendidos com a divulgação nas redes sociais de nota da executiva estadual do PSOL/Pará, aprovada no dia anterior, que deixa transparente o nível de perseguição política patrocinada pela cúpula dirigente de nosso partido.


O peso político de tal nota é relativo. A corrente interna do atual prefeito, Edmilson Rodrigues, controla mais de 50% dos diretórios estadual e municipal (Belém) do PSOL. Assim, se apresentarem uma resolução afirmando que a “Terra é plana”, ela será aprovada.


Observe-se que a corrente do atual prefeito votou sozinha na resolução. Todas as demais forças políticas do PSOL, presentes na executiva, se negaram a aprovar o conteúdo na nota. Por isso é importante que todas as tendências internas alinhadas à esquerda no PSOL, a nível nacional, se posicionem no sentido de rejeitar essa perseguição política.

A data decidida pela executiva estadual para atacar a vereadora do PSOL, Professora Sílvia Letícia, não poderia ser mais simbólica: véspera do Dia Nacional de Luta e Denúncia Contra o Racismo e antevéspera do Dia das Mães.

Em suas redes sociais e entrevistas, Silvia Letícia não se cansa de afirmar, com orgulho, que é mãe de pessoas transgêneres, que é oriunda da escola pública, que atua como educadora, alfabetizadora e sindicalista. Que enquanto mulher trabalhadora, batalhou muito para conquistar seu título de doutoramento na universidade. Parece que esse perfil não é mais aceito pela cúpula dirigente do PSOL/Pará que tem preferido posar de braços dados com o governador Helder Barbalho/MDB.


Na nota da executiva, chama a atenção o segundo parágrafo, que afirma que os dirigentes partidários averiguaram “notícias espalhadas em páginas da direita e em grupos bolsonaristas”. Em primeiro lugar, para nós é estranho saber que membros da executiva estadual estão obtendo informações de dentro de grupos bolsonaristas, em aplicativos de mensagem.


Em segundo lugar, na tentativa de criminalizar politicamente Silvia Letícia, a própria executiva do partido produz suas fake news. Em uma pesquisa realizada na madrugada desse Dia das Mães, em sites de busca na internet, constatamos que a matéria onde o mandato de Silvia Letícia divulga denúncia de que a merenda escolar em Belém está sendo elaborada a partir de carne com pele e gordura e frutas e legumes vencidos, aparece apenas em sites e páginas da própria vereadora e naqueles mantidos por nossa corrente política. Onde estão as supostas “páginas da direita”?


Também nos demos ao trabalho de procurar um site verificador de fake news, no caso, do jornal O Estado de São Paulo (Estadão). A resposta do site foi a seguinte, ao ser solicitada a verificação da matéria com a denúncia sobre a merenda escolar, se a matéria se caracteriza como fake news: “Não encontramos nenhuma verificação que responda à sua dúvida. Você receberá uma atualização se essa informação for checada. Daremos prioridade à verificação de conteúdos enganosos”. Onde está a fake news sobre a merenda escolar?


Por fim, em relação à ameaça da executiva estadual de remeter à direção municipal de Belém o pedido de abertura de processo disciplinar para apurar suposta transgressão da ética partidária, visando a expulsão de Silvia Letícia, só temos uma resposta a dar: NÃO NOS CALARÃO!

Não lutamos contra a ditadura militar e posteriormente, contra a degeneração política do PT, para cedermos à pressão de meia dúzia de dirigentes partidários que só se dignaram a romper com o PT após os escândalos do mensalão, quando o PSOL já havia sido fundado por não aceitar as expulsões dos chamados “Radicais do PT”, parlamentares que lutaram e votaram contra a reforma da Previdência do primeiro governo Lula.

O mandato da vereadora Silvia Letícia, NÃO SERÁ INTERROMPIDO! Ao assumirmos uma cadeira na Câmara Municipal de Belém, reafirmamos nosso compromisso com a classe trabalhadora. Por isso seguiremos dando suporte a todo servidor público que levar ao conhecimento do mandato denúncias relacionas a práticas condenáveis da administração municipal, como também estadual.

Por fim, reafirmamos aquilo que está escrito no programa de fundação do PSOL: “Nessa perspectiva de caminhos novos para a discussão de um projeto socialista, a necessidade da construção de um partido de novo tipo se afirma de forma cada vez mais clara”. Seguiremos nossa luta para que o PSOL realmente se firme como “um partido de novo tipo” e não aceitaremos as velhas práticas de patrulhamento e submissão que antigos partidos da velha esquerda sempre adotaram. O PSOL NÃO SERÁ DOMESTICADO! Nosso mandato, também não!

São Paulo, 14 de março de 2023

Revolução Socialista/RS – Corrente interna do PSOL

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