Por Davi Paulo Souza Jr. - diretor do Sindicato Químico de SJC e região, da Secretaria Estadual da CSP-Conlutas SP, da Unidos Pra Lutar e Revolução Socialista-PSOL.
O dia do trabalhador foi criado a partir de uma greve operária que ocorreu em Chicago, Estados Unidos, em 1886. Uma luta feita por melhorias nas condições de trabalho, redução da jornada de trabalho, aumento salarial, férias... No Brasil foi instituído em 1925.
Desde então trabalhadoras e trabalhadores vem enfrentando governos e patrões em suas campanhas salariais e pautas específicas, e cada 1º de Maio é utilizado para lembrar a necessidade da luta da classe trabalhadora mundial, para garantir uma vida digna para as trabalhadoras e trabalhadores.
Chamar governo e patrão para participar desse dia é no mínimo trair toda a nossa classe! Como chamar quem aplica o ajuste fiscal? Como chamar quem nega aumento salarial? Como chamar quem manda a polícia criminalizar todos os movimentos grevistas? Lamentável e horrível essa postura das Centrais!
Os governos de Tarcísio no estado e Nunes na cidade de São Paulo, governos de extrema-direita, inclusive ambos políticos declaradamente bolsonaristas, avançam nas privatizações, aplicam arrocho salarial, retiram direitos, reprimem trabalhadores e com as suas polícias matam diariamente o povo pobre, principalmente o povo negro.
É um absurdo, também, que sejam convidados Lula e qualquer ministro do governo. O governo federal está aplicando um ajuste fiscal que tem como consequência a proposta de reajuste 0% para o funcionarismo público, recortes nos orçamentos em saúde, educação, assistência social, etc., se nega a revogar o NEM e as contrarreformas trabalhista e previdenciária, propõe liquidar a CLT por meio de uma mentirosa melhora para trabalhadores em situação de precarização trabalhista, como são os de aplicativos.
O ato do 1º de maio deveria ser um ato em defesa dos direitos conquistados pela classe trabalhadora em lutas contra patrões e governos. E hoje, deveria ser um palco para que trabalhadoras e trabalhadoras divulguem as suas reivindicações e lutas, como o funcionalismo público da educação superior federal que estão lutando e exigem das centrais sair do marasmo e que construam uma Greve Geral do Funcionalismo Público Federal para deter o ataque do governo. Por isso, devemos repudiar e denunciar essa postura em todas as fábricas, escolas, locais de trabalho e nos fóruns do movimento.
Por um primeiro de maio de luta, classista, internacionalista, independente e solidário!
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