Por Verónica O'Kelly, da direção da LIS
A crise do imperialismo estadunidense avança a passos largos. A disputa eleitoral atual, com um Donald Trump fortalecido e a troca do senil Joe Biden pela atual vice-presidenta, Kamala Harris, não parece trazer nada de bom para explorades e oprimides, menos ainda para o heroico povo palestino que resiste ao genocídio sionista e imperialista.
O Partido Democrata, que nada tem de progressista, acaba de colocar a candidatura de Kamala Harris (quem também nada tem de progressista), para confrontar Donald Trump, poderoso representante da extrema-direita mundial. Trump, anos depois de ter perdido as eleições, com uma tentativa de golpe de estado no meio disso, tem grandes possibilidades de ganhar. Isto porque, em todos esses anos, ao invés de responder às demandas das maiorias exploradas, o governo Biden continuou com a mesma política de beneficiar os capitalistas enquanto o povo perde direitos conquistados.
Biden, ou “Joe Genocida”, como é chamado, está dirigindo um genocídio e, pelas declarações da sua sucessora, Harris, isso continuará acontecendo sem nenhuma contradição “progressista”.
O “mal menor” não é solução. Na verdade, ele faz o cenário mais favorável para Trump e a extrema-direita. Como diz Ashley Smith do Coletivo Tempest: “Na realidade, os últimos quatro anos contradizem seus argumentos. O amplo apoio da esquerda a Biden em 2020 e desde então enfraqueceu os socialistas organizados, reduziu a luta de classes e social, e não conseguiu deter o avanço da direita. Nos prendeu a um inimigo de classe em casa e a seu projeto imperialista no exterior.”
É um erro histórico apoiar qualquer alternativa política capitalista-imperialista. Devemos construir um polo de esquerda independente que possa oferecer uma verdadeira alternativa para a humanidade, só assim conseguiremos vencer a extrema-direita e qualquer perigo fascista.
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