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Vinícolas flagradas com trabalho escravo agora pedem solidariedade

Atualizado: 31 de mai.

Por Bruno Meirinho, da Direção Nacional da Revolução Socialista, LIS, Brasil

A catástrofe causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul mobiliza a classe trabalhadora a identificar responsáveis e exigir reparações. Entre os culpados, os governos que não realizaram manutenção em equipamentos de contenção de enchentes, infraestrutura urbana e habitação e que entregam áreas ambientais para a exploração desenfreada do agronegócio.

O modo de produção capitalista que não vê limites para a exploração dos trabalhadores e do meio ambiente é a causa das mudanças climáticas que ocorrem em todo o mundo, levando o planeta para a risco do ponto de não retorno. Somente um programa ecossocialista construído pela classe trabalhadora pode servir como alternativa à barbárie da situação atual.

Mas os mesmos capitalistas que são culpados pela crise agora reivindicam para si próprios a "solidariedade". Em supermercados e na internet, vinícolas gaúchas lançam uma suposta campanha para venderem mais vinhos que, alegadamente, resultariam em fundos para auxiliar os atingidos.

Ocorre que essas mesmas vinícolas, entre elas Aurora, Salton e Garibaldi, foram flagradas em um esquema de trabalho escravo, apurado pela operação in vino veritas, escândalo que foi noticiado em 2023, como na matéria da Repórter Brasil.

Empresas flagradas com trabalho escravo deveriam ser expropriadas sumariamente, sem indenização alguma para os capitalistas. É o que diz o art. 243 da Constituição Federal.

Apenas por conivência do governo burguês essas empresas ainda estão ativas, e agora querem explorar a catástrofe para convencer que merecem ser agentes de solidariedade.

Nenhuma confiança nas campanhas empresariais! Nossa solidariedade deve ser feita por meio das entidades sindicais, como a campanha da CSP Conlutas.

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