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O PSOL está punindo a Vereadora Silvia Letícia por defender o programa fundacional do partido

Atualizado: 11 de abr.

Por Verónica O’Kelly. Direção Nacional da Revolução Socialista e membro da Direção da LIS.


Faz tempo que a direção majoritária do PSOL quer calar a nossa vereadora na cidade de Belém do Pará, a Professora Silvia Letícia. Especificamente a Primavera Socialista, corrente interna da qual faz parte o atual Prefeito da cidade, Edmilson Rodrigues. O objetivo é fazer que abdiquemos da defesa de um partido como ferramenta da classe trabalhadora e deixarmos o caminho livre para eles continuarem com a “refundação” reformista.

Ficamos sabendo pela imprensa que o novo ataque punitivista vem por parte do Diretório Municipal (DM), dirigido quase hegemonicamente pela corrente do prefeito, evidentemente. Segundo nos informaram (repito, pela imprensa e não pelo próprio partido do qual a companheira Silvia Letícia é fundadora e primeira presidente do partido na cidade), se trata de uma proibição de representar o partido por 60 dias.

As tentativas de punição vão da proibição de falar em nome do partido até a expulsão. Todos absurdos que, para se efetivar, precisam de manobras burocráticas, manipulação do estatuto, calúnias e toda uma campanha política de ataques constantes. Em definitivo, violência política exercida sobre uma mulher, trabalhadora e socialista.

As motivações da perseguição

A violência política contra Silvia Letícia ocorre pelo fato da vereadora não aceitar mudar para se adaptar ao projeto político que está destruindo o PSOL, transformando-o numa nova frustração para a classe trabalhadora, assim como foi o PT. Enquanto Edmilson e a Primavera Socialista beneficiam setores empresários, como os gestores do lixo ou do transporte coletivo na cidade, a vereadora, que eles acusam de “infidelidade partidária”, está junto com a população pobre e trabalhadora de Belém denunciando as irregularidades e corrupções.

Enquanto nossa vereadora passa uma noite e dois dias acampada na prefeitura com o comando de greve das servidoras e dos servidores municipais, que lutam por receber um salário digno, Edmilson e a Primavera não apenas não recebe às trabalhadoras e aos trabalhadores, mas envia a guarda municipal e a tropa de choque do estado para realizar reintegração de posse!

Fica evidente que as razões deles são alheias ao programa do PSOL. São eles quem deveriam ser julgados pela Comissão de Ética do partido, coisa que não acontece pela situação na que se encontra hoje o PSOL, hegemonizado por setores reformistas, eleitoreiros e adaptados ao regime democrático-burguês.

Silvia Letícia fica!

A vereadora já deixou bem claro que não está disposta a se adaptar ao projeto da frente ampla com empresários e patrões, não é para isso que conquistamos uma bancada na Câmara de Vereadores de Belém. Como nossa tradição ensina, essa bancada, o Mandato Coletivo da Professora Silvia Letícia, serve como um grande megafone das e dos que lutam por seus direitos. E como sempre diz a companheira, “sem presidente, governador ou prefeito de estimação”, sempre do lado da classe trabalhadora e do povo pobre.

Continuamos batalhando contra a “refundação” do PSOL e chamamos aos que, como a gente, mantém o projeto de construir um partido anticapitalista e socialista, a somar conosco.

Assine o abaixo assinado e construa conosco a campanha contra toda punição à companheira Silvia Letícia!




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