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No Paraná, PSOL volta à condição de não ter mandatos. A “refundação” avança

Por Bruno Meirinho - da Revolução Socialista, PR.


O ano de 2020 trouxe uma boa nova ao PSOL do Paraná, com a eleição do primeiro mandato municipal. O Mandato Coletivo do PSOL, da câmara de vereadores de Ponta Grossa, teve Josiane Kieras, como porta-voz, acompanhada de Guilherme Mazer, Ana Paula de Melo e João Luiz Stefaniak.


Ponta Grossa é uma cidade média situada a 100km de Curitiba, com forte presença da economia do agronegócio.


Naquele ano, o PT, que já chegou a governar a cidade em outros tempos, não elegeu nenhum vereador. A vitória do PSOL foi a vitória da esquerda independente e socialista, e representou a classe trabalhadora que não se rende e não se vende.


Agora, ao final de 4 anos de atividade no legislativo municipal, os membros do Mandato Coletivo do PSOL anunciam sua filiação ao PT. Ao longo desse tempo, foi visível a pressão petista para capturar o mandato, tomando o atalho de aproveitar a energia militante do PSOL, já que o próprio PT não foi capaz de eleger o seu.


O Mandato Coletivo do PSOL de Ponta Grossa não entendeu por qual razão foi eleito, afinal, a classe confiou no mandato em razão de sua independência, e não em razão de sua capacidade de se adaptar à política petista.


Também é verdade que o PSOL, desde sua política nacional até a política local, faz pouco para afirmar o seu próprio sentido de existir. Todas as direções concentram-se em vocalizar defesas de frentes amplas e alianças com a institucionalidade, em clara contradição com o sentido fundacional e com o que trouxe o partido até aqui.


Nesse quesito, não há como negar razão aos que saem: se o PSOL for uma cópia malfeita do PT, é preferível ir ao partido original. A batalha certa, entretanto, é a de não deixar apagar a chama original da fundação do PSOL: Independência, militância de base e defesa do socialismo.





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