Curitiba – Paraná: Rafael Pereira – Militante e Socialista! Candidato a Vereador

Além dos cartões postais, Curitiba é um território de inúmeras contradições e de muita luta de classes, muita mesmo. Enquanto as mesmas famílias tradicionais da burguesia vivem o sonho mais lindo na cidade cenográfica, inteligente e sustentável, a chuva fria revela as manchas eternas dos apagamentos históricos, exclusão dos mais pobres, despejos e repressão violenta do Estado. Este lado sujo, por óbvio, é blindado e escondido, ao ponto de mesmo quem vive aqui há anos, não conhecer a situação fora da bolha do centro. Isto não é coincidência, é projeto.

Para enfrentar estes projetos nefastos da extrema direita e burguesia internacional, sabemos a resposta: uma revolução socialista, por meio de mobilização das massas e fortalecimento do partido revolucionário.

Mas não podemos, de modo algum, tratar essa batalha com ingenuidade ou como utopia. Falar da superação do capitalismo traz tarefas concretas e materiais, de organização, disciplina, militância, formação contínua, sensibilidade e humildade para aprender e lutar junto com a classe.

Conscientes desta tarefa, apresentamos como organização meu nome para disputar as eleições municipais para vereador. Sou um militante orgânico, homem negro, cis, gay, nascido e criado na periferia do interior de São Paulo e morador de Curitiba há quase quinze anos. Profissionalmente, me formei designer gráfico em universidade pública, que pude acessar através do sistema de cotas e, contrariando todas as estatísticas, violências, traumas e inseguranças ao longo de meus 33 anos de idade, cheguei vivo até aqui. Tudo que passei me deu a experiência de sentir na carne a dor compartilhada por muita gente e é por essa gente, por um futuro e um sonho de realidade diferente é que luto. Como versa a filosofia Ubuntu: eu sou, porque nós somos.

Por nós, luto por uma cidade inteligente e sem catracas, onde o direito à cidade e o acesso a direitos como moradia, saúde, trabalho, segurança e mobilidade sejam garantidos, independente de condição financeira, cor da pele, gênero ou origem.

Nossa luta é ecossocialista, entendendo que o Capitalismo Verde é uma face da ruína da humanidade e uma armadilha dos grandes sanguessugas pós-coloniais, que querem responsabilizar somente os indivíduos por um problema estrutural.

Luto priorizando a população negra, LGBTQIAPN+, periférica, indígena, quilombola, pela vida das crianças, mulheres, loucos e por toda sorte de rótulos que foram usados para justificar que essas vidas e corpos valem menos. Carregamos com muito esforço, a revolta e resistência necessárias para inverter a ordem de nos esmagar. Existir, não é e não deveria ser a razão pela qual lutamos exaustivamente e para isso, levanto a bandeira revolucionária: Nossas lutas não serão o seu lucro!

Por isso, me comprometo a trabalhar por políticas de moradia e renda, seja na luta contra um lixão, contra a especulação imobiliária ou contra as privatizações; seguir em movimento por uma Tarifa Zero popular no transporte coletivo, com zero emissões e zero mortes no trânsito; atuar junto à Juventude que é esmagada, presa ou morta pela Guerra às Drogas ou em postos de trabalho precarizados, atuando pela capacitação e facilitação de infraestrutura para garantir que ela se sinta pertencente, reconheça sua história e tenha acesso a educação pública, crítica e emancipadora, com condições justas para ingressar e permanecer.

É pela vida, é militante, é socialista!