Em dia histórico, professoras e professores da rede estadual do Ceará gritaram por Greve, apesar de sua direção. Ao som de "Greve Geral, interior e capital!" da categoria, a APEOC se negou a colocar em votação a aprovação da Greve. Trata-se de um GOLPE contra a Assembleia, realizada ontem (4) em Fortaleza, a instância soberana para a decisão. Mas a Greve foi entoada!
Desde o mês de março a categoria de professoras e professores vinha construindo Assembleias Gerais em Fortaleza e paralisando o trabalho nas escolas na capital do estado e nas regiões do interior, com forte adesão. A direção da APEOC, por várias vezes repetiu que, se as pautas da categoria não fossem atendidas pelo governo Elmano (PT), teria Greve. Tudo balela! Hoje a APEOC mostrou que, no andar de cima, já negociava a tentativa de desmobilização da categoria e o afogamento da greve.
Após se reunir com o governo, a Direção da APEOC aprovou por cima um acordo rebaixado e sem o aval da categoria. Um acordo que não atende as reivindicações: não atende o piso nacional dos professores; não têm equiparação salarial, os professores temporários receberão uma PVR de míseros R$100, continuando a diferença entre efetivos e temporários na casa de R$1.300; PVR de R$300 para professores Doutores efetivos é outra miséria; não cumpre o pagamento do retroativo de 2023. Não existe ganho salarial, corroído pela inflação acumulada. Desde 2023 o governo Elmano desrespeita a categoria.
A categoria de professores do estado tem a tarefa de reorganizar o movimento em defesa das pautas e pressionar para que o governo Elmano (PT) cumpra de fato. Essa tarefa só pode ser cumprida com a mobilização da categoria nas escolas, conversando de um por um sobre a necessidade de parar, e ganhando consciência dos estudantes sobre a necessidade de construir a greve, somando reivindicações. Não é uma tarefa fácil. A manobra da APEOC aponta para as questões jurídicas sobre a legalidade ou não da greve dos professores. Apesar disso, é o poder da mobilização quem pode decidir sobre o futuro.
De antemão, alertamos para nenhuma confiança na APEOC e também no governo Elmano (PT) que acionou o judiciário contra as greves aprovadas dos professores da UECE, URCA e servidores do DETRAN antes mesmo do início da greve. Um absurdo completo que mostra como governos "progressistas", ao trair a classe trabalhadora mobilizada, estão pavimentando a vitória de setores da extrema direita.
Dia 8, segunda-feira, dia marcado como início da greve, foi aprovado pela categoria um ato em Fortaleza, 8h, no Palácio da Abolição.
Toda solidariedade às professoras e professores do estado do Ceará. A luta, com muita determinação, muda a vida! Agora é construir a greve!
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